Na Live 216 do SIMpodCRER, um tema urgente e perturbador toma o centro da discussão: a divulgação de um áudio com graves acusações de assédio sexual envolvendo o apóstolo Rina, fundador e líder da Igreja Bola de Neve. O conteúdo da live expõe não apenas a denúncia, mas também as falhas sistêmicas na forma como parte do meio evangélico lida com situações de abuso e poder.
O Caso: Fé, Autoridade e Silêncio
Segundo relatos, uma mulher gravou um áudio expondo o suposto comportamento inadequado do líder religioso. A notícia ecoou rapidamente nas redes, provocando indignação, questionamentos e pedidos de posicionamento por parte da liderança da igreja. O SIMpodCRER traz a denúncia à tona com responsabilidade, reforçando que o foco deve ser a proteção das vítimas e a busca por justiça, e não a preservação da imagem institucional.
Religião e o Culto à Personalidade
A live critica a cultura da idolatria de líderes religiosos, onde fiéis e instituições hesitam em confrontar comportamentos abusivos por medo de escândalo ou quebra de “unidade espiritual”. Esse tipo de estrutura favorece o silêncio e a impunidade, criando ambientes inseguros para vítimas e cúmplices para os abusadores.
A Reação da Comunidade Evangélica
Os apresentadores destacam a ausência de um posicionamento claro da Igreja Bola de Neve até aquele momento. Também apontam a importância das igrejas desenvolverem protocolos de acolhimento e apuração de denúncias, em vez de recorrer à negação ou à espiritualização do abuso.
Contraponto de Esperança
Apesar do tema pesado, a live também compartilha momentos de esperança. Um exemplo foi o testemunho de um culto comunitário com coral e participação ativa de fiéis diversos, mostrando que é possível construir espaços de fé acolhedores, seguros e transparentes.